Por mais que expliquemos que foi só falta de atenção, o clima tenso persiste.
E a única forma de evitarmos isso é redobrando a nossa atenção.
Eu andei exagerando nas crases (não riam) e fui pesquisar mais sobre o assunto. Precisava achar um jeito de fazer entrar, de uma vez por todas, na minha cabeça mais essa regra chatíssima da língua portuguesa. Pensei que, talvez, fazendo essa postagem, eu forçaria o meu cérebro preguiçoso a gravar quando posso ou não usar a crase.
O texto é longo, mas acho que pode virar nossa referência sempre que tivermos alguma dúvida.
Vamos lá...
Crase é uma palavra de origem grega e significa "mistura", "fusão".
E a única forma de evitarmos isso é redobrando a nossa atenção.
Eu andei exagerando nas crases (não riam) e fui pesquisar mais sobre o assunto. Precisava achar um jeito de fazer entrar, de uma vez por todas, na minha cabeça mais essa regra chatíssima da língua portuguesa. Pensei que, talvez, fazendo essa postagem, eu forçaria o meu cérebro preguiçoso a gravar quando posso ou não usar a crase.
O texto é longo, mas acho que pode virar nossa referência sempre que tivermos alguma dúvida.
Vamos lá...
Crase é uma palavra de origem grega e significa "mistura", "fusão".
(não é à toa que essa regra me deixa com os nervos "misturados" rs)
Nos estudos de língua portuguesa, é o nome dado à fusão ou contração de duas letras "a" em uma só. A crase é indicada pelo acento grave (`) sobre o "a".
Assim, apesar do uso corrente, crase não é o nome do acento, mas do fenômeno representado através do acento grave.
Nos estudos de língua portuguesa, é o nome dado à fusão ou contração de duas letras "a" em uma só. A crase é indicada pelo acento grave (`) sobre o "a".
Assim, apesar do uso corrente, crase não é o nome do acento, mas do fenômeno representado através do acento grave.
A primeira regra prática para descobrir se ocorreu ou não a crase é também a mais simples e mais utilizada:
1ª Regra Prática: Substituia a palavra feminina por uma masculina, de mesma natureza. Se aparecer a combinação ao, é certo que ocorrerá crase antes do termo feminino:
1ª Regra Prática: Substituia a palavra feminina por uma masculina, de mesma natureza. Se aparecer a combinação ao, é certo que ocorrerá crase antes do termo feminino:
- Amanhã iremos ao colégio / à escola.
- Prefiro o Corinthians ao Palmeiras / à Portuguesa.
- Resolvi o problema / a questão.
- Vou ao campo / á praia.
- As crianças foram ao largo / à praça.
- Refiro-me a você. (sem crase) (Gosto de você / Penso em você / Apaixonei-me por você.)
- Refiro-me à menina. (com crase) (Gosto da menina / Penso na menina / Apaixonei-me pela menina.)
- Começou a gritar. (sem crase) (Gosta de gritar / Insiste em gritar / Optou por gritar.)
- Vou a Roma. / Voltei de Roma.
- Vou à Roma dos Césares. / Voltei da Roma dos Césares.
- Voltarei a Curitiba e à Bahia. / Voltarei de Curitiba e da Bahia.
- Gente à toa.
- Vire à direita.
- Tudo às claras.
- Hoje à noite.
- Navio à deriva.
- Tudo às avessas.
- Sapatos à Luiz XV.
De acordo com a normal culta, em "bife a cavalo" e "frango a passarinho", as expressões "moda de" ou "maneira de" não estão implícitas ou subentendidas e, assim, o a não recebe o acento indicativo da crase, já que precede palavras masculinas.
- Bife a cavalo: bife com um ou mais ovos fritos por cima
- Frango a passarinho: frango picado em pequenos pedaços
- À meia-noite.
- À uma hora.
Atenção agora! Achei essa parte super interessante. Quando Não devemos usar crase:
Não haverá crase antes de nomes masculinos:
- Tenho um fogão a gás.
- Assisti a jogos memoráveis.
- Fui a pé.
- Venho a mando de meu patrão.
- Escreveu um bilhetinho a lápis.
- A partir da meia-noite, os alunos saem a passear.
- Começou a chorar.
- Cheguei a insistir.
- Mostre a ela.
- Disse a mim.
- Parabéns a você.
- Refiro-me a Vossa Excelência. - Refiro-me a você.
- Ele não se prendia a nenhuma mulher.
- Ele havia declarado amor a certa jovem.
- Entraram duas a duas.
- Estiveram cara a cara.
- Viram-se frente a frente.
- Meus advogados retornarão a Brasília em breve.
- O jovem arquiteto referia-se à monumental Brasília.
- Fui bem recebido, mesmo tendo chegado tarde a casa.
- Maria foi à casa da irmã para fazer um empréstimo.
- Não vou a festas.
- A pesquisa não se refere a mulheres casadas.
- O prêmio só foi concedido a cantoras nacionais.
- O estudo não se aplica a pessoas de índole nervosa.
- O estudo não se aplica às pessoas de que estávamos falando.
- Você está se referindo a secretárias?
- Você está se referindo às secretárias desta empresa?
- Recorri a minha mãe.
- Faremos uma visita a nossa tia.
- Peça desculpas a sua irmã.
- Rezo a Nossa Senhora.
- O guerreiro falou a Iracema.
- Fiz uma promessa a Santa Teresinha.
- Iremos a Curitiba e depois a Londrina.
- Saiu do navio e chegou a terra.
- Vendo o tubarão, o nadador voltou logo a terra.
- Assisti a duas sessões.
- Daqui a três semanas muita coisa terá mudado.
- A fazenda ficava a quatro léguas da cidade.
- Chegamos às nove horas da manhã.
- Assisti às duas sessões de ontem.
- Ofereci um presente a (à) Carolina.
- O porteiro entregou os papéis a (à) minha secretária.
- Irei a (à) vila.
- Enviei flores a (à) Paula.
- Não me refiro a esta pessoa, mas sim à que esteve aqui hoje.
- Vou à Bahia (Vim da Bahia / Estou na Bahia)
- Vou a Florença. (Vim de Florença / Estou em Florença)
- Veja aquele monumento / aquela praça / aquilo. (O verbo ver é transitivo direto, portanto, não há preposição)
- Refiro-me àquele jardim / àquela praça / àquilo. (O verbo referir-se é transitivo indireto e rege a preposição a)
- A professora à qual devo meu aprendizado já se aposentou.
- O professor ao qual devo meu aprendizado já se aposentou.
- Muitas das alunas às quais ele dedicou seus estudos estiveram presentes à homenagem de ontem.
- Muitos dos alunos aos quais ele dedicou seus estudos estiveram presentes à homenagem de ontem.
Em algumas locuções adverbiais femininas, ainda que não haja, a rigor, uma fusão entre o "a" preposição e o "a" artigo (já que existe apenas o "a" preposição), muitos gramáticos consideram aceitável (e alguns acham até mesmo preferível) o uso do acento indicativo da crase no "a".
A justificativa é buscar a forma que dê maior clareza à frase. Veja:
Eu disse que era longo... rs
Mas espero que os ajude tanto quanto ajudou a mim. (haha, não usei a crase porque está antes de um pronome! \o/)
Até à próxima. (usei crase por ser uma locução, rs)
A justificativa é buscar a forma que dê maior clareza à frase. Veja:
- Eu estudo a distância. (Que distância você estuda?)
- Eu estudo à distância. (Ah! Você estuda pela internet, não é?)
- Foi caçada a bala. (É a bala que foi caçada?)
- Foi caçada à bala. (Coitada... Será que tomou algum tiro?)
- Bateu a máquina. (Será que ele bateu o carro?)
- Bateu à máquina. (Usando a máquina de escrever até hoje, hein?)
Eu disse que era longo... rs
Mas espero que os ajude tanto quanto ajudou a mim. (haha, não usei a crase porque está antes de um pronome! \o/)
Até à próxima. (usei crase por ser uma locução, rs)
4 comentários:
Crase é um negócio bem trabalhosinho no começo, mas depois que aprendi, não esqueci mais! heheh
Ficou muito bacana o tutorial :)
Abraços
ótima dica Nanda! Eu tb tenho a mania de colocar onde não tem, mais foi ótima a explicação! Gostei!
É verdade, Evana, parece bem trabalhoso, mas se atentarmos sempre para algumas regrinhas básicas, as dúvidas vão se esvaindo e acabamos aprendendo definitivamente, rs.
Valeu, Dri. Temos que perder essa mania urgente! rs
Beijos, meninas.
parabéns pelo artigo...me ajudou bastante.
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